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                |  |   
                | Jabaquara 
                  - uma história de luta e garra |   
                | 1910-1914: As 
                  agremiações de imigrantes No início do século XX, os emigrantes europeus 
                  que se radicavam na cidade logo se uniam em torno de associações 
                  ou agremiações esportivas, prática que 
                  permitia a convivência e minorava as saudades da pátria 
                  distante. Assim, cada colônia de imigrantes da região 
                  possuía algum tipo de agremiação esportiva. 
                  Com a colônia espanhola não foi diferente. O interesse 
                  por uma nova modalidade de esportes na região - o "foot-ball" 
                  - e a nacionalidade comum deram origem ao antigo Clube Afonso 
                  XIII, cujos sócios, espanhóis em sua maioria, 
                  se reuníam para a prática do futebol em uma área 
                  das proximidades da pedreira do Contorno, no bairro do Jabaquara.
 
 1914: Nasce 
                  o Hespanha Foot-Ball Club
 Afonso XIII, nome de um monarca espanhol, não parecia 
                  muito adequado para um clube sediado no Brasil, um país 
                  republicano. Assim, um grupo de jornaleiros espanhóis, 
                  conhecidos como "tribuneiros" naquela época, 
                  corriam listas pelos bairros com o objetivo de fundar uma agremiação 
                  que reunisse os conterrâneos. A reunião de fundação 
                  foi realizada na casa de José Domingues, um zelador que 
                  residia na "escada de pedras" da pedreira, no final 
                  da atual Rangel
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                | 
                     
                      | 
                           
                            |  O antigo brasão do 
                              Espanha Futebol Clube
 |  | Pestana, próximo à subida 
                        do morro da Nova Cintra. E foi "Nova Cintra" 
                        o primeiro nome cogitado para batizar o novo clube, por 
                        ser nome do morro onde morava a maioria dos espanhóis 
                        em Santos. O nome "Jabaquara" também 
                        foi sugerido, por ser o local do campo de futebol. Um 
                        senhor negro, ex-escravo, sugeriu o nome "Hespanha", 
                        tendo em vista o grande número de espanhóis 
                        associados, e foi esta última idéia aceita 
                        por todos sem mais discussão. Assim nascia o "Hespanha 
                        Foot-ball Club", com as cores da bandeira espanhola: 
                        amarela e vermelha. Era 15 de novembro de 1914.
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                |  |   
                | 1914-1916: O Hespanha 
                  se organiza O novo Hespanha Foot Ball Club se organiza e elege sua primeira 
                  diretoria, em caráter provisório: Luiz Lopez Ramos 
                  (presidente), Ricardo Rodriguez (vice-presidente), José 
                  Giraldez Batalha, Cristóvão Ramos, João 
                  Alves Lopez e Odillo Prieto Garcia. Pouco tempo depois o
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                | 
                     
                      | Sr. Luiz Lopez Ramos renuncia à 
                        presidência, assumindo o vice, Sr. Ricardo Rodriguez. 
                        Em 1916 o Hespanha já havia registrado seus estatutos 
                        e pode realizar a primeira eleição oficial. 
                        Foi eleito presidente o Sr. Odillo Prieto Garcia. A primeira partida oficial do Hespanha Foot Ball Club 
                        foi contra o próprio Clube Afonso XIII, ocasião 
                        em que foi levantado, pela primeira vez, o novo pavilhão 
                        do Clube. O resultado foi um empate de 1x1, mas isso não 
                        ofuscou o brilho do emocionante evento, onde não 
                        faltaram discursos, flores e banda de música.
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                            |  Odillo Prieto Garcia, o primeiro 
                              presidente.
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                | 1917: O primeiro 
                  time e as primeiras partidas oficiais Em 1917 o Hespanha Foot Ball Club disputou o primeiro campeonato 
                  oficial, promovido pela Liga Santista de Jogos Atléticos. 
                  No mesmo ano, promoveu um jogo contra o temido time da SPR, 
                  que acabara de golear o grande Sport Club Corinthians Paulista 
                  por 5x2. A equipe do Hespanha era formada por Atanásio, 
                  Cotó, Luiz Campeão, Lagreca, Dominguinho, Armando, 
                  Marrieto, Bertoni, Manequinho, Camilo e Belmiro. O jogo foi 
                  um sucesso, tanto pelo resultado do placar, de 2x1 a favor do 
                  Hespanha, como pelo resultado da bilheteria, de 865 mil réis, 
                  quantia que resolveu a péssima situação 
                  financeira em que se encontrava o Clube. O evento terminou à 
                  noite, com um jantar de confraternização. A alegria 
                  era tanta que jogadores e torcedores saíram em corso 
                  pela cidade, carregando a taça, a bola e a bandeira,
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                | 
                     
                      | 
                           
                            |  Athanasio, o primeiro goleiro 
                              do Hespanha
 |  | com um entusiasmo que contagiou toda a colônia 
                        espanhola. Depois disso, muitos espanhóis se associaram. 
 1918-1923: 
                        As primeiras campanhas
 Nos anos seguintes, o Hespanha já atraía 
                        a simpatia dos santistas e disputou a Taça Grande 
                        Café D'Oeste, sagrando-se campeão em 1918, 
                        1919 e 1920, o que lhe valeu a posse definitiva da taça. 
                        Em 1920 participou como time convidado das disputas promovidas 
                        pela Associação Atlética Portuguesa, 
                        que inaugurava seu novo estádio. Na ocasião, 
                        o Hespanha enfrentou o Brasil Futebol Clube, empatando 
                        por 1x1. Os outros jogos do evento foram Portuguesa x 
                        Palestra (1x1) e SPR x América (0x0).
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                |  |   
                | 1924: A mudança 
                  para o Macuco Com o crescimento do Clube e do número de simpatizantes, 
                  o pequeno campo do Jabaquara tornou-se inadequado para acomodar 
                  tantos sócios e torcedores. Assim, em terreno de propriedade 
                  do Sr. Antonio Alonso e com a ajuda de colaboradores, foi construído 
                  um novo estádio, bem mais apropriado. Situava-se na atual 
                  Rua 28 de Setembro, no bairro do Macuco. Batizado com o nome 
                  de Estádio Antonio Alonso, foi inaugurado em 14 de novembro 
                  de 1924.
 
 1927-1930: 
                  O florescente "Leão do Macuco"
 Nesse período, mesmo não arrecadando títulos, 
                  o Hespanha permanece entre os primeiros colocados no mais importante 
                  torneio de amadores da época: vice campeão da 
                  Liga de Amadores em 1927 e 3° colocado em 1928. Ganhava 
                  respeito como equipe, vencendo grandes times do futebol paulista. 
                  Seus jogadores Gomes, Apelian, Dito, Manolo, Marreiros, Vilas, 
                  Argentino, Izolino, Espoleta, Tito e Passos demonstravam sempre 
                  tanta garra e bravura em campo que logo o povo batizou carinhosamente 
                  o time dos espanhóis: "Leão do Macuco".
 Em 29 de março de 1930 o Hespanha realiza seu primeiro 
                  jogo internacional, contra a temível Seleção 
                  de Buenos Aires. Mas a fama dos argentinos não intimidou 
                  o Hespanha que, disposto a provar que o dia era do Leão, 
                  partiu bravamente para cima do adversário até 
                  conseguir o resultado positivo: 3x2 - um gol de Cassoli e dois 
                  de Bento.
 
 1930-1935: 
                  Criada a Federação Paulista de Futebol
 Em 1934 o Espanha comemora, no Estádio Antônio 
                  Alonso, o 20° aniversário de fundação 
                  com um jogo contra o C. A. Juventus.
 Placar: 3x3
 Em 1935 é criada a Federação Paulista de 
                  Futebol, e o Espanha está entre os times fundadores, 
                  passando a disputar os campeonatos oficiais do Estado da divisão 
                  principal. Em 1935 foi o 4° colocado na Liga Paulista de 
                  Futebol; em 1936, o 3° colocado; em 1941, foi o 5° colocado.
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                |  |   
                |  O time do Jabaquara em 1940. Um novo símbolo 
                  e novo uniforme.
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                |  |   
                | 1939: A segunda 
                  mudança Em 1939, o Sr. Antonio Alonso, proprietário do terreno 
                  onde se situava o estádio do Espanha Futebol Clube, vendeu 
                  a área, mas ofereceu ao Clube, em doação, 
                  quantia suficiente para a compra de terreno próprio. 
                  Assim, o Espanha F.C. passou a realizar seus jogos oficiais 
                  no Estádio Ulrico Mursa, da Portuguesa. No início 
                  dos anos 40 comprou uma área na Ponta da Praia, na altura 
                  de onde hoje se situa o Aquário Municipal. Naquele tempo, 
                  a Ponta da Praia era um dos piores bairros de Santos, sem infra-estrutura 
                  e com áreas alagadiças, e tudo o que se pôde 
                  fazer foi construir um campo para os treinos.
 
 1942: 
                  A troca de nome e o novo Jabuca
 O início dos anos 40 trouxe a Segunda Guerra Mundial 
                  e, com ela, uma série de regras e proibições. 
                  Assim, uma Lei Federal da época passou a proibir a utilização 
                  de nomes de países nas denominação de clubes 
                  e associações. Era preciso substituir o nome "Espanha", 
                  o que levou a novas reuniões e sugestões. Foram 
                  cogitados os nomes de "XV de Novembro", "Cruzeiro 
                  do Sul", e outros. No final, prevaleceu a idéia 
                  de Raul Vasquez Rios, de homenagear o bairro do Jabaquara, lugar 
                  onde germinou a idéia inicial do Clube e onde se situava 
                  o primeiro campo de futebol. Dessa forma, o Espanha Futebol 
                  Clube passou a chamar-se Jabaquara Atlético Clube.
 Era o dia 7 de novembro de 1942. Naquela noite, no Restaurante 
                  Bodega, foi realizado o que todos chamaram "o banquete 
                  do adeus". Na ocasião, alguns dos presentes começaram 
                  a chamar o Clube de "JAC", as iniciais do novo nome. 
                  O repórter esportivo Adriano Neiva da Motta e Silva, 
                  o De Vaney, não gostou. Na edição seguinte 
                  de sua página "O Esporte", que redigia para 
                  o Jornal de São Paulo, apelidou o Jabaquara de "Jabuca", 
                  carinhoso e bem mais de acordo com o nosso gosto caiçara. 
                  O apelido pegou.
 
 1940-1957: 
                  Jabaquara, o clube revelador de craques
 Nesse período, o Jabaquara possuía um técnico 
                  especial nas equipes menores, a infantil e a juvenil: Arnaldo 
                  de Oliveira, o popular Papa, que permaneceu no Jabuca por 17 
                  anos. Papa foi o maior revelador de craques que a cidade de 
                  Santos já conheceu. Entre as estrelas que
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                | 
                     
                      | 
                           
                            |  O craque Baltasar
 |  | surgiram no modesto Jabaquara, a que mais brilhou foi 
                        Gilmar, um dos maiores goleiros do cenário nacional, 
                        que depois ingressou no Sport Club Corinthians Paulista 
                        e defendeu a Seleção Brasileira por mais 
                        de cem vezes. Outro craque que esbanjou talento na carreira 
                        foi Osvaldo da Silva. Seu nome era Osvaldo, mas ficou 
                        conhecido como Baltasar, nome de seu irmão, que 
                        jogava no Santos. Comprado pelo Corinthians Paulista, 
                        Baltasar ganhou fama como "bailarino" e o "cabecinha 
                        de ouro", por ser um cabeceador sem igual. Outros 
                        nomes famosos saíram do Jabaquara: Marcos, que 
                        brilhou depois no Corinthians Paulista; Feijó, 
                        Getúlio e os irmãos Ramiro e Álvaro, 
                        que depois foram para o Santos Futebol Clube; Célio, 
                        que foi comprado pelo Vasco da Gama, do Rio de Janeiro; 
                        e Melão, que saiu de Santos direto para o futebol 
                        italiano (SPAL). |  |   
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                | 1944 - Um dos 
                  melhores times da história do Clube O ano de 1944 marca os 30 anos da fundação do 
                  Clube e marca também uma das melhores fases do Jabaquara. 
                  Em 1944, o Clube possuía um dos melhores times de sua 
                  história. Sua linha de ataque era uma das mais respeitadas 
                  do futebol paulista: Doca, Baltazar, Bahia, Leonaldo e Tom Mix. 
                  Seu plantel de craques era garantia de um jogo bonito, sempre 
                  com gols.
 Em novembro o Jabaquara comemora o aniversário da fundação 
                  com um jogo contra Canto do Rio FC, da Liga Principal do Futebol 
                  Carioca, vencendo com dois gols de Veiga e um de Baltazar, o 
                  Cabecinha de Ouro. Placar: Jabaquara 3 x 2 Canto do Rio.
 No mês de dezembro daquele ano obtém vitórias 
                  expressivas sobre o São Paulo (3x2) e sobre o Corinthians 
                  (5x2), com três gols de Baltazar, um de Tom Mix e um de 
                  Alemãozinho.
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                |  |   
                |  A respeitada linha de ataque do Jabaquara 
                  em 1944. Da esquerda
 para a direita: Doca, Baltazar, Bahia, Leonaldo e Tom Mix.
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                |  |   
                | 1945-1957: Período 
                  conturbado por nova crise financeira No ano de 1945 o Jabaquara foi o 5° colocado na Federação 
                  Paulista de Futebol. E este foi o último bom ano do período. 
                  A partir daí o Clube mergulhou em nova crise financeira, 
                  o que se refletiu inevitavelmente no futebol. Em 1954 o Clube 
                  só não foi rebaixado pela Federação 
                  Paulista de Futebol para a Divisão de Acesso graças 
                  à uma habilidosa manobra jurídica de seu advogado. 
                  No início dos anos 50, sob a administração 
                  de Damasco Paiva Magalhães, o Jabaquara vendeu a área 
                  de seu campo de treinos, na Ponta da Praia. Apesar da venda 
                  do valorizado terreno em frente à praia, o Jabaquara 
                  não saiu de suas dificuldades financeiras, e muitos questionam 
                  até hoje o destino do dinheiro da venda. E foi assim 
                  que o Jabaquara, sem campo próprio e contrariando mais 
                  de 40 anos de tradição, passou a treinar em São 
                  Vicente, em um campo emprestado.
 Em 1957 os jornais noticiavam que o Leão do Macuco estava 
                  morrendo. O Clube não tinha campo e seu time era de regular 
                  a ruim. A diretoria decidiu contratar um novo técnico 
                  e todos lembraram de um argentino famoso: Nelson Filpo Nunes 
                  ou Dom Filpo, como passou a ser chamado. Dom Filpo levantou 
                  o time, que passou a vencer todos os jogos.
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                |  |   
                |  Foto de meados de 1948. O primeiro (de 
                  chapéu) é Vitorino Pinhão, o chamado "Embaixador 
                  do Jabuca", diretor de futebol por muitos anos. O segundo 
                  é o goleiro Gilmar dos Santos Neves, ainda no juvenil. 
                  No final da fila está Arnaldo
 de Oliveira, o Papa, que revelou grandes jogadores para o futebol 
                  brasileiro.
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                |  |   
                | 1957: A histórica 
                  vitória sobre o Santos Futebol Clube A quarta-feira chuvosa do dia 31 de julho de 1957 entrou para 
                  a história do Clube. O Jabuca, como time convidado para 
                  a Vila Belmiro, derrotou o Santos bicampeão paulista, 
                  de virada. A partida, noticiada pela imprensa como "Terremoto 
                  na Vila", desnorteou os santistas e levou ao delírio 
                  os jabaquarenses. O time do Santos, formado por Pelé, 
                  Pepe, Tite, Álvaro, Pagão, Fioti, Urubatão, 
                  Zito, Laércio, Hélvio e Ivan, se perdeu diante 
                  do Jabuca, formado na base do improviso, com um zagueiro completamente 
                  desconhecido. Aos 22 minutos de partida, o Santos já 
                  tinha marcado três gols (dois de Pagão e um de 
                  Tite), contra um gol do Jabaquara (Melão). Mas o Peixe 
                  não joga bem e até o final do primeiro tempo o 
                  Jabuca empata com os gols de Bugre e Washington. O jogador Wilson 
                  Sório, o Melão, foi o grande herói do dia, 
                  ao voltar no segundo tempo, marcar dois gols e levar o Santos 
                  ao desespero. O estrago só não foi maior porque 
                  China, do Jabaquara, acabou por marcar um gol contra. Quando 
                  tudo terminou se esclareceu o mistério: o desconhecido 
                  zagueiro jabaquarense, Oswaldo Malcriado, era apenas o tesoureiro 
                  do clube, escalado pelo técnico Filpo Nuñes para 
                  completar o quadro de 11 jogadores. No time do Jabaquara estavam 
                  Fininho, Pavão, Getúlio, Dom Pedro, China, Osvaldo 
                  Malcriado, Ari, Hélio, Washington, Wilson Sório 
                  (Melão) e Bugre.
 Final: Jabaquara 6 x 4 Santos
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                |  |   
                |  O time do Jabaquara em meados de 1950.
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                |  |   
                | 1957-1963: Dom 
                  Filpo, o salvador da pátria Depois de levantar o time em 1957, Dom Filpo é contratado 
                  pela Portuguesa. Porém o Jabaquara, ameaçado de 
                  rebaixamento em 1959, novamente recorre a ele. Por uma segunda 
                  vez Dom Filpo briga para tirar o time das últimas colocações 
                  e por uma segunda vez ele salva o Leão do Macuco.
 Em 1963, mais uma vez o Jabuca se vê frente a frente com 
                  o rebaixamento, e mais uma vez correm atrás de Dom Filpo, 
                  que se encontrava em Portugal, na direção do Évora. 
                  E mais uma vez ele retorna para defender o rubro-amarelo, embora 
                  poucos acreditem que o time tenha salvação. Quando 
                  ele assume como técnico, em novembro de 1963, o Jabuca 
                  tinha 33 pontos perdidos e era o último colocado da tabela. 
                  Para piorar a situação, ele ainda perde os três 
                  jogos seguintes. Parecia o fim de tudo. Mas veio um empate com 
                  o Juventus, na Vila, quando o time fez uma apresentação 
                  razoável, e depois uma vitória de 3x1 sobre o 
                  XV de Piracicaba, que deixou a torcida em festa. A esperança 
                  voltou ao coração dos jabaquarenses com o jogo 
                  seguinte, contra a Portuguesa de Desportos, quando o Jabuca 
                  venceu por 3x1.
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                |  |   
                |  O argentino Nelson Filpo Nunes orienta 
                  os jogadores.
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                |  |   
                | 1963: O inevitável 
                  rebaixamento Faltavam dois jogos para disputar, dois jogos para vencer, e 
                  o Jabuca teria direito a disputar a vaga na Divisão com 
                  o Prudentina, o penúltimo colocado. Mas um desses dois 
                  jogos era com o Santos Futebol Clube. Em 11 de dezembro de 1963 
                  o Jabaquara, dependendo desesperadamente da vitória, 
                  enfrenta o Santos na Vila Belmiro. O Peixe, que ocupava na tabela 
                  uma posição privilegiada, até poderia se 
                  dar ao luxo de perder, mas derrotou de goleada o Leão, 
                  fazendo descer um silêncio arrasador sobre a torcida. 
                  Muitos torcedores olhavam o placar, chorando - não queriam 
                  acreditar que todo o trabalho tinha sido em vão. Mas 
                  parece que o destino estava mesmo escrito - se livrara dele 
                  por três vezes nos últimos anos, mas agora acontecera: 
                  o Jabaquara caíra para a 2ª Divisão. Do fatídico 
                  jogo nem mesmo os torcedores santistas dizem que o Santos ganhou, 
                  apenas que o Jabuca perdeu.
 Placar: Santos 5 x 3 Jabaquara
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                |  |   
                |  A equipe do Jabuca em 1960.
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                |  |   
                | 1961-1963: Uma 
                  nova e definitiva área para o estádio Em 1961, o então presidente do Jabaquara, Washington 
                  Di Giovanni, inicia as tratativas para a compra de uma grande 
                  área no bairro da Caneleira. O terreno, com 67.380 m2, 
                  é de propriedade de José Ferreira, que recebe, 
                  como garantia e sinal da transação, um cheque 
                  de CR$ 1 milhão (um milhão de cruzeiros). A compra 
                  só foi possível graças a Manoel Ramos Lopes, 
                  que adiantou o dinheiro da entrada e, juntamente com Plácido 
                  Villamarim e José Gonzalez Lorenzo, cuidou das negociações. 
                  Não sem grandes sacrifícios, o terreno foi totalmente 
                  quitado em janeiro de 1963, sob a presidência de Rubens 
                  Cid Perez. Apesar da área ser bem maior que o necessário 
                  para o Clube (o Santos Futebol Clube tem 18 mil m2), nenhum 
                  torcedor ou sócio do Clube admite a idéia de vender 
                  um metro quadrado sequer de sua área para investir dinheiro 
                  no futebol. Lembranças amargas do passado sem campo.
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                |  |   
                |  A área que o Jabaquara adquiriu, 
                  em marcação na foto, era enorme,
 um terreno alagadiço em local pouco valorizado. A instalação 
                  do Clube
 na Caneleira mudou a história do bairro.
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                |  |   
                | 1964-1976: O licenciamento 
                  do futebol profissional Depois da péssima campanha e do inevitável rebaixamento, 
                  em março de 1964 o Jabaquara parte para a Argentina em 
                  sua primeira excursão por gramados internacionais. Mas 
                  as coisas não melhoram. Em 1967, sufocado pelas crises, 
                  o Clube solicita licença da Federação Paulista 
                  de Futebol e deixa o cenário do futebol profissional 
                  para se dedicar apenas às competições amadoras.
 
 1977: O retorno 
                  amargo na Terceira Divisão
 Em 1977 o Jabaquara quer retornar ao cenário dos campeonatos 
                  profissionais, mas devido ao licenciamento em 1967, perde o 
                  direito de retornar ao lugar que ocupava. Assim, o Jabaquara 
                  é inserido na terceira divisão. Sua re-estréia 
                  é contra o M.A.F., de Piracicaba.
 Placar: Jabaquara 5 x 3 MAF
 
 1979: 
                  O estádio próprio, finalmente
 No ano de 1976, o Jabaquara conclui a construção 
                  de seu ginásio sócio-esportivo, que recebe o nome 
                  de Ginásio José Vilarinho Cortês. Em 1979 
                  acaba de levantar o muro que circunda a sua praça de 
                  esportes. O campo, com o mínimo de infra-estrutura, recebe 
                  o nome de Estádio Espanha. A primeira partida oficial 
                  no novo estádio é contra o União de Tambaú, 
                  em 17 de junho de 1979.
 Placar: Jabaquara 6 x 4 União de Tambaú
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                |  |   
                |  Das péssimas condições 
                  do campo de treino na Ponta da Praia, o Jabuca passou finalmente 
                  para seu definitivo campo. Muito ainda precisava ser feito, 
                  mas a brava raça dos jabaquarenses não se detém 
                  diante dos obstáculos (foto Fábio Canalonga)
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                |  |   
                | 1980-1990: 
                  A ingrata luta pela sobrevivência Em 1980, por ser clube fundador da Federação Paulista 
                  de Futebol, disputou como convidado o campeonato da 2ª 
                  Divisão intermediária, mas no final acabou voltando 
                  à 3ª Divisão. Em 1983, uma manobra de Nabi 
                  Abi Chedid aumentou o número de times da 2ª Divisão, 
                  e o Jabaquara subiu automaticamente. Mas de nada adiantou porque 
                  foi novamente rebaixado no final.
 Em 1987, em comemoração ao seu 73° aniversário, 
                  promoveu um jogo amistoso contra o São Bento, de Sorocaba, 
                  partida em que defenderam a camisa rubro-amarela os campeões 
                  mundiais Clodoaldo e Rivelino, e Douglas, ex Santos Futebol 
                  Clube.
 Placar: Jabaquara 1 x 0 São Bento.
 Em 1988, em amistoso no Estádio da Portuguesa, sofreu 
                  derrota de 2x0 diante do São Paulo Futebol Clube.
 Em 1989, na comemoração do 75° aniversário, 
                  convidou o Corinthians Paulista para um amistoso na Caneleira, 
                  e foi derrotado.
 Placar: Corinthians 5 x 2 Jabaquara
 
 1991: 
                  Uma nova iluminação para o estádio
 Em novembro de 1991, o Jabaquara concluiu um novo sistema de 
                  iluminação para o Estádio Espanha. Para 
                  a inauguração, promoveu dois amistosos, com o 
                  Santos Futebol Clube e Associação Atlética 
                  Portuguesa, perdendo do primeiro e empatando com o segundo.
 Placar: Santos 2 x 0 Jabaquara / Jabaquara 0 x 0 Portuguesa
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                |  |   
                |  O Estádio Espanha, do Jabaquara 
                  Atlético Clube, com capacidade para cerca
 de 7.500 pessoas. Ainda não é o estádio 
                  dos sonhos, mas o Jabuca chega lá!
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                |  |   
                | 1993-1997: Jabuca 
                  campeão da Terceira Divisão Em 1993, disputando com 56 equipes, sagrou-se campeão 
                  paulista da Terceira Divisão de Futebol Profissional 
                  da Federação Paulista de Futebol. Dois anos depois, 
                  em 1995, alcançou o mesmo resultado nos Juniores, sagrando-se 
                  campeão paulista da Segunda Divisão de Futebol 
                  Juniores da Federação Paulista de Futebol, campanha 
                  que atravessou invicto.
 A década de 90 reservava outro destaque. Em 1997, disputando 
                  o quadrangular final do campeonato da B1-A da Federação 
                  Paulista de Futebol, seu atacante Sérgio Miler foi o 
                  principal artilheiro da competição, com 26 gols, 
                  o maior artilheiro em um só campeonato na história 
                  do clube. No Ranking Paulista, de 1992 a 1997, o Jabaquara Atlético 
                  Clube ocupou o 9° lugar, com 14 pontos.
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                |  |   
                |  O time de 1997. O atacante Sérgio 
                  Miler foi o principal artilheiro da competição.
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                |  |   
                | 2002 - Jabuca 
                  campeão paulista da Série B-3 Em 2002 o Jabaquara sagrou-se campeão paulista da série 
                  B-3, em campeonato patrocinado pela Federação 
                  Paulista de Futebol. Em todo o torneio, permaneceu invicto por 
                  23 jogos, a maior série de sua história.
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                |  |   
                |  A alegria dos jogadores na festa da vitória 
                  contagia até quem não é torcedor.
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                |  |   
                | 2004: Jabaquara 
                  - 90 anos Em 2004 o Jabaquara podia se orgulhar de ser um dos poucos clubes 
                  do Brasil honrando seus compromissos financeiros em dia. Isso 
                  graças às duas últimas administrações 
                  do clube, presididas por Sérgio dos Santos Silveira e 
                  Delchi Migotto Filho, o atual presidente. Eles adotaram políticas 
                  "pés-no-chão" e conseguiram resgatar 
                  a credibilidade do clube durante suas gestões.
 Em 2004 o Jabuca disputou o Campeonato Paulista da Série 
                  B-2, chegando à segunda fase da competição 
                  e terminando na 11ª posição da classificação 
                  geral.
 Em 2005 os jogadores que permanecem ligados ao clube treinam 
                  sob a orientação do técnico Paulo Robson.
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                |  |   
                |  Vista aéra do Clube, na Zona Noroeste 
                  - a presença do
 Jabaquara incrementou o desenvolvimento do bairro.
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                |  |   
                | Jabuca - uma 
                  esperança que não acaba Os torcedores do Jabaquara não se constrangem nem um 
                  pouco em admitir a paixão que têm pelo Clube. Até 
                  mesmo os torcedores do Santos e da Portuguesa sentem simpatia 
                  por esse Leão bravo e teimoso. Sabe-se lá o que 
                  esse clube tem de especial para conquistar tantos corações! 
                  Mas o fato é que nenhum santista é indiferente 
                  ao Jabaquara. O povo de Santos até costuma usar a expressão: 
                  "Olha que eu boto o Jabuca em campo!". E não 
                  é para menos! Basta ler sua história, seus primeiros 
                  30 anos de glórias, o patrimônio que perdeu, seus 
                  anos de lutas inglórias. Basta conhecer as dificuldades 
                  suplantadas: treinadores trabalhando sem receber, jogadores 
                  sem salário, treinos na lama, técnicos dando do 
                  próprio bolso o dinheiro da
 |   
                | 
                     
                      |  | 
                           
                            | condução para o jogador 
                              comparecer ao treino e até um tesoureiro 
                              que se fez de zagueiro para completar o time... 
                              Não há como não se enternecer 
                              diante de tanta garra, fibra, persistência 
                              e sonho. Sonho que se traduz no projeto do novo 
                              estádio, pendurado há anos na parede 
                              da sede do Clube para quem quiser ver. Sonho de 
                              um dia ainda ver o Jabaquara perfilado junto aos 
                              grandes times de futebol deste país. |   
                            | O barbeiro 
                              Hilário - sua lealdade e adoração 
                              pelo Clube o tonaram torcedor símbolo do 
                              Jabaquara. |  |  |   
                |  |   
                | Hinos 
                  do Jabaquara |   
                | Hino 
                  Oficial (Composto por Alice Ercília Centurion Rodrigues Gonzalez)
 
 Vamos cantar-te, Jabuca
 Porque mereces também uma canção
 Por teu passado glorioso,
 Que ainda vibra em nosso coração.
 
 E nesta terra praiana
 Em São Paulo e no interior,
 Tu foste sempre o primeiro,
 Que nos cobriu de honra e de valor.
 
 Rubro amarelo, hás de vencer,
 o Jabaquara jamais há de morrer
 Por tuas glórias, com emoção,
 Hoje brindamos, com amor, esta canção!
 
 Rubro amarelo, sempre estarás
 Em nossa alma, em nosso coração
 Leão do Macuco, vamos lutar,
 Que em nossa história serás sempre o campeão!
 
 
 Marcha 
                  do Leão
 (por Coroas do Rítmo, em 1979)
 
 Avante! Avante! Jabaquara
 Eu quero ver onde está sua bandeira
 Avante! Avante! Jabaquara
 Leão Gigante lá da Caneleira
 
 Eu sabia que um dia tu voltavas
 Para empolgar as multidões
 Jabuca, Jabuca, Gooool!!!!
 Jabuca nos nossos corações!
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                | Para saber mais: Jabaquara Atlético Clube
 Av. Francisco Ferreira Canto, 351 - Caneleira
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